quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dias, Distâncias e Preços....

Hoje foi o meu segundo dia de trabalho e as coisas não podiam estar a correr melhor. Demoro cerca de 40 minutos a chegar ao trabalho, já contabilizando as caminhadas a pé até aos pontos de ônibus e 20 minutos para voltar, porque já não há trânsito. Acho que podem imaginar, a qualidade de vida que isto representa numa cidade como São Paulo, onde menos de 1 hora para chegar a qualquer lugar num dia de semana, parece impossível.
O trabalho que estou a fazer é muito interessante, pois diariamente me passam pelos olhos dezenas de referências, que vão do cinema, à fotografia, do design gráfico ao de interiores, etc.
Para já estou a organizar pastas e pastas dentro de um HD. Anos e anos de trabalho que vão passar a estar catalogados num arquivo único para consultas e pesquisas futuras. O ritmo para já está bem calmo, porque estamos em período de férias e de copa do mundo, mas isso dá-me a possibilidade de ganhar uma rotina e alguma familiaridade com o que aí vem...ou seja, o ritmo louco da publicidade.
O único problema que estou a encontrar com o meu local de trabalho, e nisso peço-vos que me deixem sugestões, caso as tenham, é em relação à alimentação. Hoje paguei 14 reais por um suco de laranja e um X filet de frango com queijo minas e oregãos. Uma delícia...certo... mas era só um sumo natural e um pão quente com frango e queijo branco... 6.35 euros! Para mim será impossível gastar isso diariamente no meu almoço, por razões óbvias é claro! Eu posso levar o meu lanche de biscoitos e fruta, mas o almoço é que é mais difícil, uma vez que não tenho nem frigorífico, nem micro-ondas. Tenho fogão, mas não tenho panelas! Há uma padaria (a tal onde fui almoçar) lá ao lado e um super mercado. A padaria é caríssima. Tem um buffet que custa 18 euros ao Kilo, e salgadinhos a 2 euros... Mas realmente é muito boa e faz justiça ao nome, Delícias de Perdizes, o bairro onde estou a trabalhar.
Sei que as condicionantes são várias e difíceis, mas peço-vos ajuda com este problema gastronómico. Fico à espera das vossas sugestões. Obrigada a todos* pelas ajudas e pelas visitas.
Prometo mais fotografias para breve* Abraços* inês

domingo, 27 de junho de 2010

Cruzamento arquitectónico

Feirinha na Alameda Lorena - Jardim Paulista





Hoje ao final da manhã fui com a Fernanda, a menina que vive comigo, a uma feirinha cheia de deliciosos sabores e aromas. Claro que, sendo um feira nos Jardins, os preços não são bem de mercado mas de qualquer modo compensa pela frescura dos legumes e da carnes e pela possibilidade de encontrar algumas especiarias mais fora do vulgar, como limão siciliano, tomate seco com cebola e salsa ou cebola desidratada...
Fora o colorido das bancas, foi impossível não sentar para comer um pastel de palmito, beber um caldo de cana com limão e acabar com uma tapioca doce, com côco e doce de leite.


quinta-feira, 24 de junho de 2010

Departamento de Artes Plásticas da USP



Como podem entender, o dia hoje foi bem cheio e foi-me possível rever várias pessoas e lugares. Foi muito bom encontrar alguns professores da ECA, que me receberam com abraços e boas lembranças. Acho que nunca tinha reparado neste recorte. A luz de inverno ajudou.

Lanchonete da Cidadela



Batatinhas rústicas com alho e alecrim e suco de abacaxi com hortelã. Um almoço bem simpático numa lanchonete aqui bem pertinho de casa. Não consegui tirar fotografias ao espaço, mas para os mais curiosos aqui fica o site: http://www.lanchonetedacidade.com.br/

Um café em casa da Flora





Hoje passei a tarde com as amigas. Acabar com essa saudade de um ano inteiro longe dessa cidade onde existem lugares que são verdadeiros paraísos e de muito bom gosto. E enquanto a noite ia chegando ao jardim, tomámos xícaras de café acabado de passar.

quarta-feira, 23 de junho de 2010



A entrada da minha nova casa... de noite os tijolos recortados deixam entrar a luz de outras casas vizinhas.

Futuro local de trabalho


Manhã de conversa sobre o futuro trabalho que me espera e que em grande parte me motivou a regressar ao Brasil.

Sampa, Caetano Veloso

"Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes

"E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva

Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa"